Setembro amarelo e saúde mental na pandemia.
Você provavelmente já ouviu falar da campanha que ocorre em setembro conhecida como “Setembro Amarelo”, esse movimento brasileiro foi iniciado em 2015 com o intuito de dar visibilidade a prevenção do suicídio. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no brasil e mais de 1 milhão no mundo. Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha setembro amarelo cresceu com apoio governamental e de empresas e hoje conquista o Brasil inteiro com diversas ações que visibilizam essa causa. Porém assim como tudo, esse ano as medidas estão sendo diferentes por conta do cenário de pandemia que está presente no país desde abril desse ano.
É importante saber que em cenários estressantes a mente reage de formas diferentes ao que seria cotidiano, e em mais de seis meses de pandemia é normal que o sono não revigore como antes, o cansaço e a insegurança sobre o dia de amanhã se tornaram cada vez mais presentes, e isso se deve pela incerteza de estar lidando com uma situação completamente inesperada e nova para todos.
Para aqueles que estão conseguindo ficar em casa, o tempo para pensar e refletir sobre as próprias escolhas e desejos aumentou, e isso gera vários questionamentos e mais incertezas, e para aqueles que precisam continuar saindo a insegurança vem do frequente estado de alerta por não possuir controle da situação, além da constante sensação de impotência, angústia e tristeza e o medo do contágio pelo vírus. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), algumas recomendações psicológicas e psiquiátricas que podem amenizar esses sentimentos são:
• Mantenha uma rotina de sono;
• Busque se alimentar bem e não pular refeições ao longo do dia;
• Se você estiver trabalhando durante esse período fique atento a pausas durante o expediente;
• Lembre-se de manter uma rede socioafetiva de contato mesmo que virtual, o ser humano precisa ter relações sociais;
• Busque pessoas de confiança para conversar de suas inseguranças;
• Evite o uso de tabaco, álcool e outras drogas para lidar com as emoções;
• Faça exercícios e busque fontes de distração que diminuam o nível de estresse e estimulem o foco no presente;
• Ache um hobby ou algo que goste muito de fazer;
• Busque fontes confiáveis para se informar, como o site da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Caso as estratégias recomendadas não sejam suficientes para o processo de estabilização emocional, não hesite em buscar auxílio de um profissional de Saúde Mental e Atenção Psicossocial para receber orientações específicas.
Lembre-se: isso tudo vai passar e vamos todos ficar bem!
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